
Quando comecei a fazer este site, meus filhos me perguntaram se eu ia fazer um álbum
de fotografias de família, essas coisas.
Não. Apenas deu vontade de mostrar quem sou eu. Para quem? Para ninguém em especial. Para as pessoas
que eu gosto, para as pessoas que eu sei que gostam de mim. Pra titia Lygia, minha fã desde meus tempos de repórter na Folha
da Tarde. Para minha família, de quem me distanciei há muitos e muitos anos, porque fui morar em outras cidades, em outros
Estados, longe de São Paulo, longe do Jaçanã onde eu nasci, longe do Tucuruvi onde cresci e virei gente.
E para quem me quiser conhecer melhor, saber quem sou eu, o que eu faço na vida, quais os meus
projetos, dê uma passeada por aí. Sou um cara quase como qualquer outro.
Todo mundo conhece Jaçanã porque eu nasci lá, claro.
E por causa do Trem das Onze
do Adoniram Barbosa. E cabe aqui um esclarecimento: na verdade o trem das onze
não existia. O último saía de Jaçanã lá pelas oito da noite. Quando meu pai namorava
minha mãe, a volta pra casa era mesmo de ônibus, que levava quase uma hora para
chegar ao centro, onde ele pegava o bonde para
voltar pra casa.
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